Ampuleta
Pensei em escrever. Mas o que tá aqui eu não sei. A principio eu mesma não consigo entender. Então eu respondo que não sei. Vou fazer o seguinte, vou te contar uma história. Quero que não saiba o que eu vi, onde eu fui, mas tá tudo ali prontinho pra você ler.
Me desenha uma boa noite de sono, ou quem sabe um bom sonho, um sem pensadelo. Sem maiores constrangimentos. Me deseja isso, só e pode ir. Bate a porta pra eu saber que você foi embora. Bom dia.
Água fria, céu bom-cor-azul, casa vazia. É, hoje se faz, mas tudo bem, não quero chuva. Acho que o tempo se adiantou. Vou entrar assim mesmo.
Não, eu acho que essa roupa não cabe. Não me cabe, eu não dou. Não dou e pronto. Coisa de gente teimosa, nossa! Fico sem caber. Quem vai me caber, afinal, se nada me cabe bem?! Vou usar esse aqui. Diz: Tamanho único. É... acho que serve. Há de servir.
É, fica tudo por isso mesmo. Mas a água não é jeito de ser, é água rasa e leve... e leva. Pra bem longe daqui, pra o meu bem não ver e não ser. Deixa ele aqui pra sentir. Deixa ele rir, que eu rio. Também...Engraçado ter que deixar de ser, pra rir. Não ser pra sentir. Qualquer coisa que eu ouvir vou acreditar. Eu já estou ali, a caminhar...olhando a gente toda passar.
Vou rir. Preciso. Só isso. Tchau.
Menina de pano da janela, vendo, lendo, escrevendo.
Me desenha uma boa noite de sono, ou quem sabe um bom sonho, um sem pensadelo. Sem maiores constrangimentos. Me deseja isso, só e pode ir. Bate a porta pra eu saber que você foi embora. Bom dia.
Água fria, céu bom-cor-azul, casa vazia. É, hoje se faz, mas tudo bem, não quero chuva. Acho que o tempo se adiantou. Vou entrar assim mesmo.
Não, eu acho que essa roupa não cabe. Não me cabe, eu não dou. Não dou e pronto. Coisa de gente teimosa, nossa! Fico sem caber. Quem vai me caber, afinal, se nada me cabe bem?! Vou usar esse aqui. Diz: Tamanho único. É... acho que serve. Há de servir.
É, fica tudo por isso mesmo. Mas a água não é jeito de ser, é água rasa e leve... e leva. Pra bem longe daqui, pra o meu bem não ver e não ser. Deixa ele aqui pra sentir. Deixa ele rir, que eu rio. Também...Engraçado ter que deixar de ser, pra rir. Não ser pra sentir. Qualquer coisa que eu ouvir vou acreditar. Eu já estou ali, a caminhar...olhando a gente toda passar.
Vou rir. Preciso. Só isso. Tchau.
Menina de pano da janela, vendo, lendo, escrevendo.
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