Tudo bem.


O sol nasce mais um dia.

Quantas vezes as sementes do amor são plantadas no coração dos homens? Como elas surgem na paisagem dos nossos corações? Quantas vezes o homem precisa (re)aprender a conviver com o caos sentimental, com a presença ou ausência de indivíduos que nos são caros, vivendo em diferentes condições físicas, morais, afetivas? Quantas lágrimas amargas deixaram marcas no rastro da vida, a espera do nascer do sol de mais um dia, cheio de esperanças para quem vive o caminho da perfeição. Doces "condenados" as vezes não nos damos conta da bela sentença de amor que nos espera. Que está a um passo de nós. Afinal, no deserto dos nossos corações, pouco semeado, amar ainda é terreno pouco fértil. Semear é difícil e leva tempo, paciência.

Leva tempo até compreendermos esse processo. Anos, décadas, vidas até. Para alguns, incrivelmente, leva algumas poucas horas para realizar o edifício da vida que construímos em nós mesmos através das tramas do amar. No processo de aviltamento do ser, estamos em escala de crescimento. Ascendência ininterrupta. E na escala atual em que o homem reside (estágio atual de desenvolvimento ético, moral, filosófico, cientifico e inteligente) as expressões de amor se fazem notar pelos seus percursos bem ou mal sucedidos. Seja através do orgulho de posse, do egoísmo, do ciúme, seja através da filantropia, da caridade, do entendimento.
Pois que trilhemos o caminho do amor e não o da rebeldia enfurecida que machuca e magoa. Somos crianças para insistir no erro despropositado? Ser rebelde dá trabalho. Pensem quantas energias gastamos em pose, pensamentos, expressões e insistentes premissas que o tempo nos faz desacreditar. Cansa. Tão mais fácil calar. Ser paciente. Ser compreensivo. Sorrir. Baixo teor calórico e menos problemas físicos e morais mais tarde. Afinal...O objetivo é aprender e ser feliz, não infeliz. E como um voz poderosa anunciou séculos atrás, o amor cobre uma multidão de pecados.


Estamos, meu bem, por um triz, pro dia nascer feliz. E todo dia é dia de aprender que amar é doar, sem esperanças e cobranças. É como diz a palavra: é doar, livre de interesses pessoais. Pois se a vida nos é dado de graça quando nascemos, quem somos para cobrar posse de outra coisa que não seja nós? Amar é compreender, auxiliar, é ser firme e pontual nas falhas, em prol da melhora. Não para diminuir o outro, mas para vê-lo florescer para as conquistas da vida. Afinal, qual o motivo para medir forças perante o outro, sendo o outro tão igual a nós? Tão carente e necessitado de apreender como nós. E nada melhor que a oportunidade de compartilhar a oportunidade de crescer recebendo as melhores contribuições que o outro tem a oferecer. Não estou dando nem vendendo, como o ditado diz... o meu conselho é pra te ver feliz. Para ver e fazer feliz. E agora, caros... estamos no nosso melhor. No ponto de parada a caminho da felicidade. Quer melhor presente que este?

Sim...
Amar é presentear. E como presentear é bom e gratificante. Sorrisos, felicidade, alegria vibrando as moléculas no ar, saturando-as de energias saudáveis. Assim deve ser. Devemos presentear o melhor de nós, compartilhar o que precisa ser modificado, de forma a gerar amor e expandir amor para todos os lados. Quando mais o coração se abre a novas oportunidades de crescer, aprender, mais se vê nas mínimas coisas a felicidade de progredir. Vê nos pequenos presentes, grandes orações de fé e harmonia, seja nos momentos de obscuridade ou na alegria, agradecendo ao próximo pela experiência ensinada... por se sentir menos mesquinho e infeliz.

Amar é compreender. A si, ao próximo. O nosso limite, o limite do próximo. As nossas necessidades, as necessidades do próximo. O trajeto, os caminhos escolhidos para si e os escolhidos pelo próximo. Afinal, não queremos ser a semente do desequilíbrio alheio, cabendo a nós viver e nos expressarmos até limite do espaço do outro, interagindo e não sobrepondo-se aos demais. Mais uma vez a máxima do próximo ser como nós soa como valida. Não foi atoa que fomos avisados desde muito a amar ao próximo como a si mesmo.

Amar é compartilhar de perto, de longe os melhores e mais sinceros desejos de bem estar, de aprendizagem que temos dentro de nós. Sendo companheiros dos bons pensamentos, somos pontos luminosos de caridade expressando amor, espalhando e partilhando pão, peixe e multiplicando vinhos. Em abraços, preces, beijos e palavras. Querendo bem, sempre. Na dor, no desespero, na alegria, na paz e na harmonia.

Amar é um ato de renuncia. Do orgulho em prol da aprendizagem, da egoismo em prol da doação, da vaidade em prol da humildade. É se abrir para a vida que nunca morre e nunca mata. Que permite amores crescerem e se mutiplicarem em nosso peito através da luz edificadora do respeito que nos une em uma só familia de irmãos. Amar é ser responsável, é cuidar, é querer amar cada vez mais. Renunciando a si e a mesquinhez do egoismo, ganhamos um passo em direção a bondade infinita, a caridade que edifica e guia sempre para frente.

Amar é estender a mão para as mãos cerradas. É estender a mão que nunca cansa, posto que segue trabalhando para um dia enfim se encontrarem. Amar é divino, é essência humana, é o verdadeiro elixir da vida que nos trouxe aqui. Pois é poder e tem poder, cura e faz mover as montanhas através do sentimento, através da fé, através da caridade. Amar é... é e sempre será a verdadeira fortuna humana. O seu presente e a sua redenção.



Menina de pano aponta pra fé e rema.

Comentários

FRGB disse…
Ju! A-do-guei!
Bjuzzz

Fer
Débora disse…
Lindo!
Sem comentários.

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