Mentex
Vamos conversar sobre cinema. Melhor dizendo, vamos conversar sobre cinema-diversão.
Para isso, escolhi seis filmes que carregam em si o sinônimo de diversão, são fáceis de serem encontrados e o grande publico, de maneira geral, parece gostar. Há um porém nisso tudo. Esses filmes obecem a uma categoria por mim criada. Os de diversão facil e os de intragável diversão. Três de cada lado da moeda. Então, vamos aos candidatos.
Diversão Fácil
1) Uma saida de Mestre (The Italian Job, 2003)
Elenco: Mark Wahlberg; Charlize Theron; Edward Norton; Jason Statham; Seth Green; Donald Sutherland; Mos Def; etc.
Direção de F. Gary Gray
2) Simplesmente Amor (Love Actually, 2003)
Elenco: Hugh Grant; Laura Linney; Colin Firth; Keira Knightley; Rodrigo Santoro; Bill Nighty; Emma Thompson; Alan Rickman; Liam Neeson; etc.
Direção de Richard Curtis
3) Wimbledon - O Jogo do Amor (Wimbeldon, 2004)
Elenco: Kirsten Dunst; Paul Bettany; Eleanor Bron; James MacAvory; Nikolaj Coster-Waldau; Jon Favreau; Sam Niell etc.
Direção: Richard Loncraine
Intragável Diversão
1) Pearl Harbor (Pearl Harbor, 2001)
Elenco: Ben Affleck; Josh Hartnett; Kate Backinsale; ALec Baldwin; Jon Voight; Cuba Gooding Jr; Jeniffer Garner; etc.
Direção de Michael Bay
2) Alguem tem que ceder (Something´s Gotta Give, 2004)
Elenco: Jack Nicholson; Diane Keaton; Amanda Peet; Keanu Reeves; Russell Russo; Frances McDormand; etc.
Direção de Nancy Mayers
3) O amor não tira férias (The Holiday, 2006)
Elenco: Cameron Diaz; Kate Winslet; Jude Law; Jack Black; Eli Wallach; Rufus Sewell; Edward Burns; etc.
Direção de Nancy Mayers
Pronto. A escolha foi feita da seguinte maneira. Em ambos os lados há um filme de ação e dois filmes de comédia/romance. Havia outros filmes que poderiam ser inseridos nesta lista, porém a analise e comparação entre diferentes generos (como por exemplo um filme de comédia contra um de ação ou romance) ficaria mais complexa. Além de correr o risco desta postagem ficar enorme e cansativa.Vamos lá. Seguindo a sequencia veremos os de diversão fácil.
Uma Saida de Mestre
Este filme, na realidade, é uma regravação do homonimo The Italian Job, de 1969, interpretado por Michael Caine. E diferente do original, o "trabalho italiano" que fecha o primeiro filme, inicia a trama do segundo. Diferente da irreverencia inglesa de Caine, Mark Walberg, o mestre que comanda uma rapaziada para vingar a morte de seu antigo líder, mostra que ladrões podem ser durões, porém vulneráveis e "gente fina". Assim como sua trupe. A trama ambientada na criação da vingança é divertida, bem direcionada e conta com erros de estratégia e saídas interessantes e bem pensadas. Atenção para o bigodinho de cafageste/ malandro de Edward Norton e o engraçado desespero do personagem de Seth Green ao tentar ser reconhecido pela criação do Nepster. Este por sinal é responsável por cenas divertidas como a pantomimia de Rob, o bonitão e o seu tão sonhado som "rasgador de roupas". Outras cenas parecem seguir um estilo clássico de comédia. A diversão leve e matreira. Como a passagem do personagem de Mos Def que reafirma sua surdez ao se deparar com cães de guarda; Rob, o bonitão (Statham) tirando suspirados da mulherada. E é claro, a maravilhosa sequencia de corridas de Mini Cooper, com Charlize Theron mostrando que dirige muito bem. A direção é segura e leve e não necessita de artificios ou grandes efeitos especiais para manter a atenção. Os atores conseguem segurar a trama com pitadas que variam entre drama e comédia. O roteiro é bem amarrado e descomplicado. Enfim, diversão fácil. Final Feliz.
Simplesmente Amor
Contando com a presença de grandes nomes do cenário artistico britânico como Alan Rickman, Hugh Grant, Emma Thompson e Colin Firth, este filme demostra (e consegue, com efeito) as diferentes maneiras de se expressar o amor. As "formas de amor", obedecem as diversas subtramas que em diferentes pontos da trama conseguem se conectar. O amor amigo, na irreverente e engraçadissima sequencia de Bill Nighty, que interpreta uma lenda do rock, que com a ajuda de seu melhor amigo tenciona chegar ao topo da parada inglesa com uma música não muito convencional, mas cheia de estilo "tremendão". O amor que não tem fronteiras linguisticas, na sequencia de Colin Firth (e a minha preferida), em que o ator interpreta um escritor em crise, que após a separação, decide viajar para uma casa de campo e acaba encontrando uma moça portuguesa, que trabalha na casa. A conversa entre eles não flui, ambos não se entendem mas de alguma maneira conseguem formar um engraçado par. A língua que na realidade os separaria, os aproxima. Assim como a solidão. Enfim. Todas as sequencias se expressam de maneira contundente. Emma Thompson como uma mulher que acaba se perdendo em meio a criação de seus filhos e de seu amor. Hugh Grant e a má interpretação de gestos de amor e carinho. Keira Knightley e a não correspondencia de um amor. Com direito a música "All we need it´s love", dos Beatles. Alías, essa música poderia representar a essencia do filme. No final, o que todos na trama (e na vida) parecem precisar e querer, é de amor. O resto flui como tem que fluir. Há subtramas desnecessárias, mas nada que comprometa o resultado final do filme, sua mensagem ou seu brilho. Bilho que com certeza, contagia qualquer espectador. De 8 a 80.
Wimbeldon - O Jogo do Amor
Paul Bettany não havia sido a escolha inicial para interpretar Wimbeldon, mas a escolha que cairia no colo de Hugh Grant, se mostrou mais do que satisfatória nas mãos de Bettany. Charmes ingleses a parte, Bettany é mais um irreverente que consegue se dar bem, aqui no papel de um tenista as portas da aposentadoria que vê no campeonato de Wimbledon a chance de finalizar sua carreira com chave de ouro. Lá encontra, encontra uma jovem tenista em ascenção, interpretada por Kristen Dunst, que incrivelmente consegue se posicionar como uma estrela do tênis sem ser chata. Muito pelo contrário, há diversas cenas do filme em que seu timing cômico entra em sintonia com o de Bettany e acaba por tornar a trama agradável e divertida. O par romantico é bonitinho e possui certa quimica, indispensavel para um filme romantico e que vivem os problemas de queda e asenção que são normais no esporte que competem. A surpresa do tenista entra em conflito com a distração da tenista, balançando um relacionamento que a principio deveria ser divertido mas que com o passar do torneio se tornou sério.
O personagem de Sam Niell, que interpreta o pai da tenista, tenta se encaixar em meio a confusão de ser pai e técnico ao mesmo tempo. Mesmo que para se mostrar firma tenha que tomar decisões duras. O agente da tenista, se mostra um homem engraçado e confuso. James MacAvory, que pode ser visto no bem falado O Ultimo Rei da Escócia (The Last King of Scotland, 2006) talvez tenha tido seu pontecial disperdiçado na trama, ao interpretar o doido irmão do tenista. Assim como a subtrama e os atores que interpretam os pais do tenista, que poderia ser mais bem explorada. Problemas a parte que não comprometem o resultado final da história, a trama principal acaba por culminar na força dos protagonistas e reforçar a trama principal. Uma boa diversão, boas piadas romanticas e um final feliz. Um Ace no que pode ser simples e bom.
Passemos agora para o massacre. Vamos as intragáveis diversões.
Pearl Harbor
Estadunidenses gostam de molodramas nacionalistas. E como gostam. Adotando uma visão maniqueista, Michael Bay parece mais preocupado em chamar atenção para os vistosos efeitos visuais e sonoros do que para uma trama realmente relevante, ou para uns reles fatos históricos. Coisas que parece que se esquece, mesmo ao se ater a passagem estadunidense da história, (o japonês não conta, claro) de tão interessado nas explosões que estava. O filme se passa durante a época em que a base americana sitiada em Pearl Harbor é atacada. Nele vemos um triangulo romantico entre Afflack/Beckinsale/ Hartnet e seu progresso em epocas posteriores. O problema começa na relação trinagular. Fraca, mal roterizada e mal interpretada. Afflack parece interessado em tudo, menos em interpretar e Beckinsale mostra cara de paisagem em quase todas as cenas. As bombas, as mortes, a passagem do tempo... e a cara de paisagem. As subtramas parecem possuir certo potencial, mas acabam em pizza. Quer dizer, bomba. Fora as interpretações e as bombas, o roteiro da trama é fraco, pois os elos entre o ataque a Pearl Harbor e as consequencias para o governo, a sociedade Norte Americano e os personagens possuiem pouca margem ou importancia numa trama em que seu único sustentáculo está em história de amor mal fundamentada. E parece que é a única a sofrer algum dano. De resto a vida estadunidense tende a glorificação e a grandeza, como se nada demais tivesse acontecido.
Derão bala na mão de uma criança que quer pirulito. No que que dá? Merda e efeitos especiais.
Pois afinal, o que é Pearl Harbor? Bombas ou amor?! Bombas e amor? Bombas?
Diferente de Clint Eastwood, que tentou com Cartas Para Iwo Jimma (Letters to Iwo Jimma, 2006) e Conquista da Honra (Flags of Your Fathers, 2006) mostrar o lado dois lados de uma mesma situação, o que Michael Bay realmente quis desse filme foi a glorificação da Nação, a reafirmação dos ideais estadunidenses (perante a sua já inevitável queda, nos tempos atuais), bombas e dinheiro. Muito dinheiro. E nenhum comprometimento moral, ou social com o resto do mundo. Muito menos com os japoneses.
Alguem tem que ceder
Classifico esse filme como um disperdicio total do inicio ao fim. A começar por Jack Nicholson e Diane Keaton, passar por Keanu Rives e Frances MacDormand e terminar como uma novela de Manoel Carlos. Alías, Nancy Mayers parece ter a horrivel mania de criar a mesma atmosfera para todos os seus filmes, como se isso, depois de um tempo, ainda funcionasse perfeitamente. O que não funciona, nem de longe. Em um currículo contendo somente comédias romanticas, Mayers tenta criar um ambiente romantico e divertido típico dos filmes da década de 50 em uma história que mostra a conturbada relação de duas pessoas maduras após vivenciarem diversas experiencias de vida. Esse ambiente se mantem vivo durante os primeiros 5 minutos de projeção para morrer ao ser imediatamente atingido pelo roteiro fragil e especulativo com um elo reflexivo mal trabalho e contido. O amor é possivel depois dos 40. O filme responde que sim, mas a maneira como essa pergunta é respondida é o grande problema da trama. É possivel porque você precisa estar disposto a isso. Chanam... ponto. Perai, mas só isso? E a analise reflexiva da passagem de tempo para um homem e para uma mulher? E os ideais de uma mulher madura, seus desejos, gostos? E as mudanças da vida de uma mulher madura e apaixanada? E a maneira como ela lida com o amor? Cadê?
Tudo que o filme mostra é uma história corridinha cheia de gracinha (sim, aquelas gracinhas) e gente famosa desperdiçando talento. Não é preciso comentar sobre Jack Nicholson ou Daiane Keaton que é um tonel de disperdicio, mas e Andie MacDormand? Uma excelente atriz fazendo uma mero papel secundário de pentelézima projeção. Só Nancy Mayers para conseguir tal prodigioso feito. O comentário feito sobre a clássica comédia de Uma Saida de Mestre, em Alguem tem que ceder se mostra como uma degladiante luta para manter o charme.
A idéia do filme é ótima, os atores também, porém o roteiro, a diretora e a montagem são de se jogar no lixo. Pois isso é a representação de uma bela merda.
O Amor Não Tira Férias
Eu admito. Não gosto da Nancy Mayers, mas até que entendo sua tendencia romantica.
Ela bem que tentou me convencer que possui boas idéias, mas infelizmente a cada filme seu que assisto ela consegue estragar tudo e me provar o contrário. Um facho de luz foi vislumbrado em Do que as Mulheres Gostam (What Woman Want, 2000) em que o universo feminino era descoberto por um homem cafageste interpretado por Mel Gibson. Porém... infelizmente, ao invés de dar a Gibson o papel de refletir a respeito do universo feminino ele se sustenta sob um mero lugar-comum e acaba por não responder a questão do que as mulheres realmente gostam. Mas, admito que mesmo esses probleminhas, acho o filme legal.
Porém, neste filme, vejo mais disperdicios. A começar pela excelente Kate Winslet (da qual sou fã) disperdiçada em uma história temporalmente menor de que sua colega de trabalho Cameron Diaz, que como atriz é ótima... em fazer caretas. Jack Black, otimo em sua postura para comédia é outro disperdicio. Jude Law segue a péssima maré... seguindo a maré. E Rufus Sewell? Haha.
Olha a história. Duas mulheres, de diferentes paises, decidem por diferentes motivos trocarem de casa. Ao praticarem tal maluquisse conhecem o amor de suas vidas. Ahm, que coisa mais miguxa. Notem que a fonte de renda da personagem de Diaz é completamente infudanda. Ela é dona de uma empresa que promove traillers... e seu unico trabalho é sentar o rabicó no estudio, montar aquilo tudo e colocar pro mundo ver. Delicia. E ainda ganha um dinheiro bonito.
Na trama 1- Winslet e Black - o casal é potencialmente interessante, funcionaria num filme qualquer e até tenta funcionar, porém o trama fraca e sem grandes parametros os jogam para baixo. O que os une é banal, o amor é banal e o resto parece também banal, inclusive as falas. Já na trama 2 - Diaz e Law - o negócio é o sexo. Porque amor é cristão e sexo é pagão. Ai de fininho assim, aos 45 do segundo tempo e com 3 de acréssimo, o amor entra e faz juz as palavras de Rita Lee "sexo antes, amor depois". Mayers deve ter achado explicação para a união do casal nas letras da cantora, tenho certeza. O resto é charme de Law pra lá e idiotices de Diaz pra cá.
Tudo acaba no natal, todos feliz contentes, alimentados e ganhando presentes. Moral da história? Sei lá, nem me pergunte.
Menina de pano em 30 quadros por segundo. Açãoooooo!
Para isso, escolhi seis filmes que carregam em si o sinônimo de diversão, são fáceis de serem encontrados e o grande publico, de maneira geral, parece gostar. Há um porém nisso tudo. Esses filmes obecem a uma categoria por mim criada. Os de diversão facil e os de intragável diversão. Três de cada lado da moeda. Então, vamos aos candidatos.
Diversão Fácil
1) Uma saida de Mestre (The Italian Job, 2003)
Elenco: Mark Wahlberg; Charlize Theron; Edward Norton; Jason Statham; Seth Green; Donald Sutherland; Mos Def; etc.
Direção de F. Gary Gray
2) Simplesmente Amor (Love Actually, 2003)
Elenco: Hugh Grant; Laura Linney; Colin Firth; Keira Knightley; Rodrigo Santoro; Bill Nighty; Emma Thompson; Alan Rickman; Liam Neeson; etc.
Direção de Richard Curtis
3) Wimbledon - O Jogo do Amor (Wimbeldon, 2004)
Elenco: Kirsten Dunst; Paul Bettany; Eleanor Bron; James MacAvory; Nikolaj Coster-Waldau; Jon Favreau; Sam Niell etc.
Direção: Richard Loncraine
Intragável Diversão
1) Pearl Harbor (Pearl Harbor, 2001)
Elenco: Ben Affleck; Josh Hartnett; Kate Backinsale; ALec Baldwin; Jon Voight; Cuba Gooding Jr; Jeniffer Garner; etc.
Direção de Michael Bay
2) Alguem tem que ceder (Something´s Gotta Give, 2004)
Elenco: Jack Nicholson; Diane Keaton; Amanda Peet; Keanu Reeves; Russell Russo; Frances McDormand; etc.
Direção de Nancy Mayers
3) O amor não tira férias (The Holiday, 2006)
Elenco: Cameron Diaz; Kate Winslet; Jude Law; Jack Black; Eli Wallach; Rufus Sewell; Edward Burns; etc.
Direção de Nancy Mayers
Pronto. A escolha foi feita da seguinte maneira. Em ambos os lados há um filme de ação e dois filmes de comédia/romance. Havia outros filmes que poderiam ser inseridos nesta lista, porém a analise e comparação entre diferentes generos (como por exemplo um filme de comédia contra um de ação ou romance) ficaria mais complexa. Além de correr o risco desta postagem ficar enorme e cansativa.Vamos lá. Seguindo a sequencia veremos os de diversão fácil.
Uma Saida de Mestre
Este filme, na realidade, é uma regravação do homonimo The Italian Job, de 1969, interpretado por Michael Caine. E diferente do original, o "trabalho italiano" que fecha o primeiro filme, inicia a trama do segundo. Diferente da irreverencia inglesa de Caine, Mark Walberg, o mestre que comanda uma rapaziada para vingar a morte de seu antigo líder, mostra que ladrões podem ser durões, porém vulneráveis e "gente fina". Assim como sua trupe. A trama ambientada na criação da vingança é divertida, bem direcionada e conta com erros de estratégia e saídas interessantes e bem pensadas. Atenção para o bigodinho de cafageste/ malandro de Edward Norton e o engraçado desespero do personagem de Seth Green ao tentar ser reconhecido pela criação do Nepster. Este por sinal é responsável por cenas divertidas como a pantomimia de Rob, o bonitão e o seu tão sonhado som "rasgador de roupas". Outras cenas parecem seguir um estilo clássico de comédia. A diversão leve e matreira. Como a passagem do personagem de Mos Def que reafirma sua surdez ao se deparar com cães de guarda; Rob, o bonitão (Statham) tirando suspirados da mulherada. E é claro, a maravilhosa sequencia de corridas de Mini Cooper, com Charlize Theron mostrando que dirige muito bem. A direção é segura e leve e não necessita de artificios ou grandes efeitos especiais para manter a atenção. Os atores conseguem segurar a trama com pitadas que variam entre drama e comédia. O roteiro é bem amarrado e descomplicado. Enfim, diversão fácil. Final Feliz.
Simplesmente Amor
Contando com a presença de grandes nomes do cenário artistico britânico como Alan Rickman, Hugh Grant, Emma Thompson e Colin Firth, este filme demostra (e consegue, com efeito) as diferentes maneiras de se expressar o amor. As "formas de amor", obedecem as diversas subtramas que em diferentes pontos da trama conseguem se conectar. O amor amigo, na irreverente e engraçadissima sequencia de Bill Nighty, que interpreta uma lenda do rock, que com a ajuda de seu melhor amigo tenciona chegar ao topo da parada inglesa com uma música não muito convencional, mas cheia de estilo "tremendão". O amor que não tem fronteiras linguisticas, na sequencia de Colin Firth (e a minha preferida), em que o ator interpreta um escritor em crise, que após a separação, decide viajar para uma casa de campo e acaba encontrando uma moça portuguesa, que trabalha na casa. A conversa entre eles não flui, ambos não se entendem mas de alguma maneira conseguem formar um engraçado par. A língua que na realidade os separaria, os aproxima. Assim como a solidão. Enfim. Todas as sequencias se expressam de maneira contundente. Emma Thompson como uma mulher que acaba se perdendo em meio a criação de seus filhos e de seu amor. Hugh Grant e a má interpretação de gestos de amor e carinho. Keira Knightley e a não correspondencia de um amor. Com direito a música "All we need it´s love", dos Beatles. Alías, essa música poderia representar a essencia do filme. No final, o que todos na trama (e na vida) parecem precisar e querer, é de amor. O resto flui como tem que fluir. Há subtramas desnecessárias, mas nada que comprometa o resultado final do filme, sua mensagem ou seu brilho. Bilho que com certeza, contagia qualquer espectador. De 8 a 80.
Wimbeldon - O Jogo do Amor
Paul Bettany não havia sido a escolha inicial para interpretar Wimbeldon, mas a escolha que cairia no colo de Hugh Grant, se mostrou mais do que satisfatória nas mãos de Bettany. Charmes ingleses a parte, Bettany é mais um irreverente que consegue se dar bem, aqui no papel de um tenista as portas da aposentadoria que vê no campeonato de Wimbledon a chance de finalizar sua carreira com chave de ouro. Lá encontra, encontra uma jovem tenista em ascenção, interpretada por Kristen Dunst, que incrivelmente consegue se posicionar como uma estrela do tênis sem ser chata. Muito pelo contrário, há diversas cenas do filme em que seu timing cômico entra em sintonia com o de Bettany e acaba por tornar a trama agradável e divertida. O par romantico é bonitinho e possui certa quimica, indispensavel para um filme romantico e que vivem os problemas de queda e asenção que são normais no esporte que competem. A surpresa do tenista entra em conflito com a distração da tenista, balançando um relacionamento que a principio deveria ser divertido mas que com o passar do torneio se tornou sério.
O personagem de Sam Niell, que interpreta o pai da tenista, tenta se encaixar em meio a confusão de ser pai e técnico ao mesmo tempo. Mesmo que para se mostrar firma tenha que tomar decisões duras. O agente da tenista, se mostra um homem engraçado e confuso. James MacAvory, que pode ser visto no bem falado O Ultimo Rei da Escócia (The Last King of Scotland, 2006) talvez tenha tido seu pontecial disperdiçado na trama, ao interpretar o doido irmão do tenista. Assim como a subtrama e os atores que interpretam os pais do tenista, que poderia ser mais bem explorada. Problemas a parte que não comprometem o resultado final da história, a trama principal acaba por culminar na força dos protagonistas e reforçar a trama principal. Uma boa diversão, boas piadas romanticas e um final feliz. Um Ace no que pode ser simples e bom.
Passemos agora para o massacre. Vamos as intragáveis diversões.
Pearl Harbor
Estadunidenses gostam de molodramas nacionalistas. E como gostam. Adotando uma visão maniqueista, Michael Bay parece mais preocupado em chamar atenção para os vistosos efeitos visuais e sonoros do que para uma trama realmente relevante, ou para uns reles fatos históricos. Coisas que parece que se esquece, mesmo ao se ater a passagem estadunidense da história, (o japonês não conta, claro) de tão interessado nas explosões que estava. O filme se passa durante a época em que a base americana sitiada em Pearl Harbor é atacada. Nele vemos um triangulo romantico entre Afflack/Beckinsale/ Hartnet e seu progresso em epocas posteriores. O problema começa na relação trinagular. Fraca, mal roterizada e mal interpretada. Afflack parece interessado em tudo, menos em interpretar e Beckinsale mostra cara de paisagem em quase todas as cenas. As bombas, as mortes, a passagem do tempo... e a cara de paisagem. As subtramas parecem possuir certo potencial, mas acabam em pizza. Quer dizer, bomba. Fora as interpretações e as bombas, o roteiro da trama é fraco, pois os elos entre o ataque a Pearl Harbor e as consequencias para o governo, a sociedade Norte Americano e os personagens possuiem pouca margem ou importancia numa trama em que seu único sustentáculo está em história de amor mal fundamentada. E parece que é a única a sofrer algum dano. De resto a vida estadunidense tende a glorificação e a grandeza, como se nada demais tivesse acontecido.
Derão bala na mão de uma criança que quer pirulito. No que que dá? Merda e efeitos especiais.
Pois afinal, o que é Pearl Harbor? Bombas ou amor?! Bombas e amor? Bombas?
Diferente de Clint Eastwood, que tentou com Cartas Para Iwo Jimma (Letters to Iwo Jimma, 2006) e Conquista da Honra (Flags of Your Fathers, 2006) mostrar o lado dois lados de uma mesma situação, o que Michael Bay realmente quis desse filme foi a glorificação da Nação, a reafirmação dos ideais estadunidenses (perante a sua já inevitável queda, nos tempos atuais), bombas e dinheiro. Muito dinheiro. E nenhum comprometimento moral, ou social com o resto do mundo. Muito menos com os japoneses.
Alguem tem que ceder
Classifico esse filme como um disperdicio total do inicio ao fim. A começar por Jack Nicholson e Diane Keaton, passar por Keanu Rives e Frances MacDormand e terminar como uma novela de Manoel Carlos. Alías, Nancy Mayers parece ter a horrivel mania de criar a mesma atmosfera para todos os seus filmes, como se isso, depois de um tempo, ainda funcionasse perfeitamente. O que não funciona, nem de longe. Em um currículo contendo somente comédias romanticas, Mayers tenta criar um ambiente romantico e divertido típico dos filmes da década de 50 em uma história que mostra a conturbada relação de duas pessoas maduras após vivenciarem diversas experiencias de vida. Esse ambiente se mantem vivo durante os primeiros 5 minutos de projeção para morrer ao ser imediatamente atingido pelo roteiro fragil e especulativo com um elo reflexivo mal trabalho e contido. O amor é possivel depois dos 40. O filme responde que sim, mas a maneira como essa pergunta é respondida é o grande problema da trama. É possivel porque você precisa estar disposto a isso. Chanam... ponto. Perai, mas só isso? E a analise reflexiva da passagem de tempo para um homem e para uma mulher? E os ideais de uma mulher madura, seus desejos, gostos? E as mudanças da vida de uma mulher madura e apaixanada? E a maneira como ela lida com o amor? Cadê?
Tudo que o filme mostra é uma história corridinha cheia de gracinha (sim, aquelas gracinhas) e gente famosa desperdiçando talento. Não é preciso comentar sobre Jack Nicholson ou Daiane Keaton que é um tonel de disperdicio, mas e Andie MacDormand? Uma excelente atriz fazendo uma mero papel secundário de pentelézima projeção. Só Nancy Mayers para conseguir tal prodigioso feito. O comentário feito sobre a clássica comédia de Uma Saida de Mestre, em Alguem tem que ceder se mostra como uma degladiante luta para manter o charme.
A idéia do filme é ótima, os atores também, porém o roteiro, a diretora e a montagem são de se jogar no lixo. Pois isso é a representação de uma bela merda.
O Amor Não Tira Férias
Eu admito. Não gosto da Nancy Mayers, mas até que entendo sua tendencia romantica.
Ela bem que tentou me convencer que possui boas idéias, mas infelizmente a cada filme seu que assisto ela consegue estragar tudo e me provar o contrário. Um facho de luz foi vislumbrado em Do que as Mulheres Gostam (What Woman Want, 2000) em que o universo feminino era descoberto por um homem cafageste interpretado por Mel Gibson. Porém... infelizmente, ao invés de dar a Gibson o papel de refletir a respeito do universo feminino ele se sustenta sob um mero lugar-comum e acaba por não responder a questão do que as mulheres realmente gostam. Mas, admito que mesmo esses probleminhas, acho o filme legal.
Porém, neste filme, vejo mais disperdicios. A começar pela excelente Kate Winslet (da qual sou fã) disperdiçada em uma história temporalmente menor de que sua colega de trabalho Cameron Diaz, que como atriz é ótima... em fazer caretas. Jack Black, otimo em sua postura para comédia é outro disperdicio. Jude Law segue a péssima maré... seguindo a maré. E Rufus Sewell? Haha.
Olha a história. Duas mulheres, de diferentes paises, decidem por diferentes motivos trocarem de casa. Ao praticarem tal maluquisse conhecem o amor de suas vidas. Ahm, que coisa mais miguxa. Notem que a fonte de renda da personagem de Diaz é completamente infudanda. Ela é dona de uma empresa que promove traillers... e seu unico trabalho é sentar o rabicó no estudio, montar aquilo tudo e colocar pro mundo ver. Delicia. E ainda ganha um dinheiro bonito.
Na trama 1- Winslet e Black - o casal é potencialmente interessante, funcionaria num filme qualquer e até tenta funcionar, porém o trama fraca e sem grandes parametros os jogam para baixo. O que os une é banal, o amor é banal e o resto parece também banal, inclusive as falas. Já na trama 2 - Diaz e Law - o negócio é o sexo. Porque amor é cristão e sexo é pagão. Ai de fininho assim, aos 45 do segundo tempo e com 3 de acréssimo, o amor entra e faz juz as palavras de Rita Lee "sexo antes, amor depois". Mayers deve ter achado explicação para a união do casal nas letras da cantora, tenho certeza. O resto é charme de Law pra lá e idiotices de Diaz pra cá.
Tudo acaba no natal, todos feliz contentes, alimentados e ganhando presentes. Moral da história? Sei lá, nem me pergunte.
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